OPERAÇÃO ILUSION

Casal alega dificuldades financeiras para não realizar colação de grau e formaturas

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Casal alega dificuldades financeiras para não realizar colação de grau e formaturas
Empresários que teriam causado prejuízo de R$ 7 milhões a centenas de formandos se entregaram nesta quarta-feira

O casal de empresários envolvido no cancelamento de formaturas de centenas de estudantes de Cuiabá e do interior do estado e que era considerado foragido da Operação Ilusion, se apresentou na manhã desta quarta-feira (21), ocasião em que tiveram as ordens judiciais de prisão cumpridas. 

O investigado Márcio Nascimento, de 49 anos, se apresentou na sede da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) em Cuiabá. Já a suspeita, Elisa Severino, de 51 anos, se entregou na Delegacia de Polícia, na cidade de Maringá (PR).

O casal teve os seus mandados de prisão preventiva cumpridos pela Polícia Civil e foram interrogados no inquérito policial, instaurado na Decon, para apurar a suspeita de fraudes que teriam causado prejuízo de R$ 7 milhões para centenas de formandos, após o encerramento repentino das atividades das empresas Imagem Eventos e Graduar Decoração e Fotografia.

Durante o cumprimento dos mandados de prisão, os empresários foram intimados da proibição de trabalharem ou de exercerem, por qualquer meio, atividades econômicas ligadas à realização de eventos de colação de grau, formaturas e ensaios fotográficos.

Em seus interrogatórios, os investigados alegaram dificuldades financeiras para o encerramento repentino das atividades das duas empresas, porém as investigações, conduzidas pelo delegado Rogério Ferreira, levantaram indícios de que os suspeitos planejaram, desde os últimos meses do ano de 2024, o fechamento das empresas.

Foram utilizadas estratégias pelos empresários para levantar valores, como a mudança na forma do recebimento do pagamento de materiais fotográficos, que ou a ser cobrado de forma antecipada e realização de ações com descontos para a cobrança de parcelas em atraso e, principalmente, para o pagamento adiantado de parcelas futuras por parte dos formandos e de seus familiares.

“Depoimentos colhidos pela Polícia Civil demonstram que os investigados encerraram uma campanha de descontos para o pagamento antecipado de valores na tarde do dia anterior ao do fechamento das empresas, e que os pais de, pelo menos, um formando foram vistos no escritório das empresas, horas antes da divulgação da nota informando do encerramento das atividades, efetuando pagamentos para a empresária investigada”, disse o delegado da Decon, Rogério Ferreira.

Os empresários foram encaminhados à audiência de custódia, e devem permanecer presos em unidades prisionais de Maringá e da região metropolitana de Cuiabá, à disposição da Justiça.

A Polícia Civil deve concluir a primeira fase do inquérito policial até o final da próxima semana. 

Operação Ilusion

A operação Ilusion foi deflagrada na terça-feira (20) para cumprimento de 20 ordens judiciais, dentre elas, os mandados de prisão preventiva contra o casal de empresários. As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Maringá (PR) e João Pessoa (PB), onde os investigados estariam residindo após fecharem as empresas em Cuiabá.

O nome da operação faz referência à ilusão que os responsáveis pelas empresas de formaturas criaram em centenas de formandos e seus familiares e amigos, que sonhavam com os seus eventos de colação de grau e de formatura, mas que tiveram que amargar a decepção e o prejuízo causado pelo encerramento inesperado das atividades da Imagem Eventos.