Conteúdo/ODOC - A juíza Juanita Cruz da Silva Clait Duarte foi escolhida para ocupar o cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), durante sessão istrativa realizada nesta quinta-feira (22).
A escolha se deu por unanimidade pelo critério de antiguidade, e a magistrada assumirá a vaga deixada pela desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, aposentada em 5 de maio. A posse está marcada para a próxima segunda-feira (26), às 10h.
A nova desembargadora celebrou a conquista como um marco em sua trajetória profissional. “É a coroação de uma carreira. São 33 anos de estudo, dedicação e respeito, à magistratura, ao Ministério Público, à advocacia e, principalmente, às partes, que são a razão da nossa existência para julgar”, afirmou.
Em relação às prioridades na nova função, Juanita destacou o compromisso com a cidadania e a Justiça.
“Distribuir Justiça e estar onde o povo está, especialmente aqueles que mais precisam”, declarou. Ela também ressaltou sua filosofia de trabalho: “Julgar com as provas dos autos, mas com o sentimento daquele que busca o Judiciário, de perceber a necessidade de cada um para que possamos dar aquilo que ele precisa dentro dos princípios legais do Direito”.
Juanita ficou afastada do cargo por 12 anos por conta do caso conhecido como "Escândalo da Maçonaria".
Em 2022 o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a reintegração dela e de outros seis magistrados ao cargo e o pagamento das diferenças remuneratórias referentes ao período em que eles estiveram fora do cargo.
Em 2010, o grupo de magistrados foi condenado à aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sob a alegação de envolvimento no desvio de R$ 1,7 milhão dos cofres do TJMT, através de verbas indenizatórias atrasadas, para uma cooperativa ligada à potência maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso.