Conteúdo/ODOC - O juiz Agamenon Alcântara Moreno Junior, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), rejeitou um recurso apresentado pela vereadora Maria Célia Poletto (PL), que buscava suspender os trabalhos da Comissão Processante instaurada na Câmara Municipal de Brasnorte (a 580 km de Cuiabá) para investigar supostas irregularidades cometidas pela parlamentar.
A decisão, proferida na última quinta-feira (5), entendeu que o agravo de instrumento perdeu o objeto, já que houve decisão definitiva no processo principal.
A vereadora é alvo de investigação por, supostamente, ter utilizado recursos públicos para participar de manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. Desde o início da apuração, iniciada em outubro de 2024, ela já foi afastada do cargo, cassada, e reconduzida ao mandato por força de liminar.
No recurso analisado agora, Célia Poletto apontava sete ilegalidades no funcionamento da Comissão, como a alegação de vícios na formação do grupo, suspeição de seus integrantes e ausência de quórum no momento em que foi afastada. Pedia, por isso, que os trabalhos fossem interrompidos até nova análise judicial. O pedido, no entanto, foi negado por falta de elementos concretos que justificassem uma medida mais drástica.
Antes desse recurso, a vereadora já havia conseguido suspender temporariamente o afastamento imposto pela Comissão, voltando ao cargo mesmo com a cassação aprovada pela Câmara em dezembro de 2024.